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Companhias buscam mais executivos tributaristas

Com a expansão dos negócios e a necessidade de se adaptar e usar as constantes mudanças da legislação a seu favor, muitas empresas estão reforçando suas áreas tributárias, tornando-as menos operacionais e mais estratégicas. Os departamentos, inclusive, estão ganhando autonomia e deixando o guarda-chuva do jurídico e da contabilidade.
O novo perfil profissional exigido, no entanto, precisa agregar conhecimentos das duas disciplinas para atender às atuais necessidades das organizações. "Praticamente todas as grandes empresas estão com posições abertas na área tributária e algumas chegam a demorar meses para conseguir preenchê-las", afirma Rodrigo Forte, sócio-diretor da consultoria Exec.
Segundo ele, a demanda em relação a essas contratações deve aumentar cerca de 30% em relação ao ano passado, especialmente para a atuação em planejamento tributário. "A carga de impostos gira em torno de 40% do faturamento de uma empresa, um valor bastante expressivo. É fundamental, portanto, estudar meios para reduzir esse montante de forma legal", explica.
Bruno Lourenço, líder da área de impostos da Hays, é ainda mais otimista e espera um crescimento de cerca de 50% no aumento da procura por esses profissionais na comparação com 2010. "Para se ter uma ideia, estou trabalhando ao mesmo tempo em quatro vagas iguais para clientes distintos", afirma.
A dificuldade aumenta, de acordo com Lourenço, uma vez que a maioria dos selecionados vem das chamadas 'big four', grupo formado pelas quatro maiores auditorias e consultorias do mundo: Deloitte, pwc, Ernst & Young e KPMG. "Esses profissionais são muito disputados pelo mercado devido à experiência e ao conhecimento que adquirem, principalmente após três ou quatro anos, quando chegam ao nível sênior", ressalta.
Embora esses profissionais tenham um bom mercado de trabalho tanto em épocas de crise quanto nas de economia aquecida, o aumento recente da demanda e a falta de mão de obra especializada fez com que algumas organizações tivessem de reavaliar seus quadros de cargos e salários para atrair os talentos. "Um especialista na área tributária tem hoje uma remuneração 20% maior do que, por exemplo, quem atua em finanças e logística", afirma.
Lourenço confirma a inflação salarial e diz que os departamentos de recursos humanos estão tendo problemas para acomodar esses talentos dentro de suas estruturas. "É preciso acompanhar essa evolução e se adaptar a essa nova realidade. Caso contrário, quem está com o salário defasado vai querer sair, pois existem muitas opções no mercado", diz.
Para Giuliana Menezes, gerente da área jurídica da Michael Page, o aumento do número de empresas em processo de abertura de capital foi um dos fatores responsáveis pelo aumento salarial dos advogados como um todo. Segundo ela, quem inicia carreira na área tributária dentro de uma empresa ganha uma remuneração média de R$ 8 mil, um gerente cerca de R$ 15 mil e um diretor, com mais de dez anos de experiência, entre R$ 20 e 25 mil - todos os valores sem contar os bônus. "Empresas de agronegócio e farmácia estão contratando com mais intensidade, assim como as holdings, que tem linhas diversas de negócios, mas um centro de serviço compartilhado", afirma.
Além dos responsáveis pelo planejamento, a área tributária é formada ainda por especialistas em contencioso, que são encarregados de discutir com o fisco e com o judiciário a forma e a necessidade de determinados impostos, além dos que cuidam da parte operacional, com a apuração, pagamento e recolhimento dos tributos. A complexidade é tanta, segundo Forte, que algumas empresas chegam a ter pessoas especializadas em diferentes tipos de impostos como diretos, indiretos, internacionais e financeiros. É necessário levar em conta também que as regras mudam mesmo dentro do país, de um Estado para outro.
Em todos esses casos, Forte recomenda aos interessados em ingressar na área uma pós-graduação em direito tributário e o domínio do inglês. "O impacto dos impostos sobre os dividendos mandados para fora são altos e o profissional passa boa parte do tempo explicando situações específicas do sistema brasileiro para as matrizes", diz.
Vanessa Canado, coordenadora executiva do Núcleo de Estudos Fiscais da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, afirma que a procura pelos programas sobre o tema dobrou nos últimos cinco anos. Na opinião dela, quem pretende ingressar na profissão deve estar sempre atualizado e nunca parar de estudar. "Esta é a matéria do direito que mais sofre alterações". Para ela, conhecer profundamente apenas a parte técnica não é o suficiente. "O bom profissional tem de saber se comunicar de forma clara com outros departamentos da empresa e com os clientes. Eles vão trabalhar em conjunto e é essencial haver sintonia entre as partes", diz.
A advogada Heloisa Muratori, de 27 anos, conhece bem essa rotina. Após estagiar em um escritório, decidiu-se pela área tributária justamente pela complexidade, pelos desafios e pela relevância da área no mundo corporativo. Desde 2005 na Johnson & Johnson, ela afirma que, além do dominar o assunto, precisa conhecer também em detalhes o tipo do negócio e estar alinhada com os objetivos da empresa. "Somente assim é possível aconselhar com segurança, sem correr o risco de resolver um problema criando outro", afirma.
Além disso, Heloísa destaca que para atuar em uma grande corporação é necessário ter senso de urgência e abdicar do "juridiquês". "Não interessa ao interlocutor se um tema é inconstitucional ou se o tributo pode ser instituído por medida provisória. Ele quer saber, de forma objetiva, como uma determinada mudança interfere no seu dia a dia e que atitude tomar", complementa.
Para a advogada, um dos maiores desafios para os profissionais da área tributária é lidar com o uso crescente da tecnologia, que aumenta tanto a agilidade na geração de informações quanto o controle e o rigor da fiscalização. "Isso exige um enfoque cada maior no trabalho de consultoria preventiva", diz.

Por: Rafael Sigollo
Fonte: Valor Econômico

Dia Nacional do Empresário Contábil

LEI Nº 12.387, DE 3 DE MARÇO DE 2011.
 
Institui o Dia Nacional do Empresário Contábil.
 
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º  Fica instituído o Dia Nacional do Empresário Contábil, a ser celebrado no dia 12 de janeiro de cada ano.
Art. 2º  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília,  3  de  março  de 2011; 190º da Independência e 123º da República. 


DILMA ROUSSEFF
GuidoMantega
Carlos Lupi

Empresas tem mais vantagens em terceirizar serviços contábeis

A manutenção de um departamento contábil dentro da empresa só se justifica se seu faturamento anual estiver acima de R$ 50 milhões. Abaixo deste patamar é mais viável a contratação de serviços contábeis. E quanto menor o tamanho da empresa, maior é a vantagem, afirma Mauro Terepins, presidente da Terco Grant Thornton, empresa de auditoria e consultoria que está entre as seis maiores do setor
Esta é a conclusão que especialistas em auditoria chegaram ao analisar o excesso de tarefas burocráticas, as mudanças constantes de regras e os gastos elevados com profissionais, fatores mais que suficientes para que as pequenas empresas optem pela terceirização dos serviços de contabilidade.
O custo para manter departamento de contabilidade interno é estimado em R$ 17 mil mensais entre salários, encargos sociais e despesas operacionais para profissionais que atuariam na contabilidade, departamento fiscal e na área de recursos humanos, exemplifica Didmar Duwe, Presidente do Sindicato das Empresas Contábeis, de Auditoria e Pesquisa de Rondônia, citando quem para terceirizar o trabalho, um bom escritório cobra em torno de R$ 2.500,00, isso levando em conta uma empresa pequena, com cerca de dez funcionários e a emissão de mais ou menos cem notas fiscais por mês
Edison Arisa, coordenador-técnico do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e sócio da PricewaterhouseCoopers lembra que em uma pequena empresa, normalmente não há tanto trabalho para ocupar duas ou três pessoas todos os dias.
Além da vantagem econômica, Enory Luiz Spinelli, vice-presidente operacional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), lembra que os escritórios especializados têm conhecimento sedimentado sobre as normas contábeis, pois devem acompanhar cada detalhe da legislação para poder atender clientes de diversos segmentos. “A lei 11.638, de 2007, promoveu muitas mudanças na contabilidade, o que demanda aperfeiçoamento profissional. Além disso, há todas as regras de implementação do Sped Contábil e do Sped Fiscal, que aumentam a responsabilidade e exige conhecimento do contabilista”, afirma. Isso sem contar a adaptação da Legislação Societária às normas internacionais de contabilidade (IFRS – International Financial Reporting Standard).
Para Spinelli, também dono da Spinelli Contabilidade, de Porto Alegre, a profissão está numa fase de transição, que exige aperfeiçoamento constante dos contabilistas. Esse ponto é indicado por Arisa, do CFC, como fator contrário à contratação de pessoal próprio, já que a pequena empresa terá de gastar com cursos e palestras para que a equipe mantenha-se atualizada. “Além disso”, diz Arisa, “se contratar uma pessoa para toda a contabilidade, tem de ser um profissional gabaritado, que irá requerer um salário alto”.

Fonte:: EMRONDONIA -JORNAL ELETRÔNICO    

Procura é resultado da valorização do profissional, que deixou de ser "um guardador de livros", para se tornar um consultor

A presente matéria foi publicada no site do CFC - Conselho Federal de Contabilidade o qual a fonte da reportagem é do jornal Folha de Londrina.


Empresas de médio e grande porte de todo o País e multinacionais têm dado atenção especial aos graduandos do curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O objetivo é captar estudantes com perfil e desempenho promissor. O coordenador do Trabalho de Conclusão de Curso do Departamento de Ciências Contábeis da UEL, professor Claudenir Tarifa Lembi, conta que já é comum alunos que se destacam saírem da universidade com entrevistas marcadas e até empregados por estas empresas.
"Elas realizam palestras e até cursos para os estudantes, voltados a despertar neles o interesse pelas áreas de sua demanda. Este contato permite que elas façam uma triagem do potencial dos futuros profissionais", afirma. A captação de talentos no curso de contabilidade, analisa o professor, é resultado da valorização do profissional da contabilidade, que deixou de ser "um guardador de livros", para se tornar um consultor para o gerenciamento da empresa.
A explicação para esta mudança do perfil da profissão está no avanço das tecnologias, globalização da economia; na complexidade das exigências tributárias brasileiras e consequente crescimento da demanda por especialidades na área de contabilidade como auditoria, controladoria e gerenciamento. Uma pesquisa realizada por empresas 'caça talentos', que buscam profissionais no mercado, mostra que, em 2011, 36% das empresas pretendem aumentar suas equipes de executivos. E deste total, 40% das vagas são na área de contabilidade.
O presidente do Sescap Londrina e empresário da contabilidade, Marcelo Odetto Esquiante explica que hoje toda empresa, independente do porte e setor que atua, depende de tomada de decisões complexas, acertivas e ágeis para continuar no mercado com competividade. E para isto, acrescenta ser indispensável ter na contabilidade um gerenciamento e uma equipe capaz de disponibilizar, analisar e oferecer alternativas de direcionamento do negócio.
"O contador está hoje no topo das equipes de executivos, faz parte do grupo que traça as estratégias da empresa. Dos seus conhecimentos dependem as decisões em áreas essenciais como a financeira, tributária e de controles", frisa. Esquiante diz ainda que os escritórios de contabilidade também têm buscado fortalecer suas equipes para atender à demanda. No seu escritório, por exemplo, os profissionais da equipe ou são formados ou estão concluindo o curso universitário.
A exigência do mercado não é uma novidade, mas vem se tornando cada vez mais forte nos últimos anos. Uma situação que levou à reformulação do currículo do curso de Ciências da Contabilidade da UEL. Foram incluídas disciplinas como contabilidade internacional e controladoria. Outra medida que veio fortalecer a profissão foi a volta do Exame de Suficiência, que se tornou lei no ano passado. Agora não basta passar pela faculdade. Depois de formado, para poder assinar como contador, é preciso ser aprovado no exame, à exemplo da OAB.
"Igual a outras profissões, o curso superior não é mais suficiente. O contador precisa buscar a especialização e continuar se atualizando constantemente". Segundo o professor da UEL, Claudenir Lembi, um profissional com especialização, em início de carreira, pode entrar no mercado com um salário de R$ 2 mil. Conseguindo se destacar profissionalmente, pode chegar facilmente a salários maiores de R$ 5 mil em cargos diretivos de empresas.

Fonte: Sescap-Ldr - Sindicato das Empresas de Serviços, Contabilidade, Auditoria e Perícia de Lodrina  

Fonte: Folha de Londrina - PR
 Link CFC: Link Matéria CFC

Provas do CFC

No próximo dia 27 de março será realizado o exame de suficiência para a obtenção do título de contador ou técnico contábil. Estou disponibilizando as provas e os gabaritos das provas anteriormente apliaca aos profissionais por força de uma resolução específica que regulamentava o exame. Como já sabemos, com a promulgação da Lei 12.249/2010 o exame passa a ser exigido mas agora por força de lei que somente pode ser alterada por outra Lei ou Decreto-Lei. Sem dúvidas o exame veio para ficar.
A principal finalidade na utilização das provas anteriores é a verificação da forma com que o CFC condiciona sua linha de raciocínio no modelo de abrangência dos tópicos exigidos para o exame. Como tática própria para o desenvolvimento da prova (se as mesmas seguirem o escopo anterior dividindo em Contabilidade Básica, Contabilidade Avançada, Conhecimentos Gerais, Português e Matemática) é de deixar as questões de contabilidade avançada por último na resolução da prova. Como o objetivo é atingir 50% de aproveitamento nas questões, isto é, acertar 25 de 50 do total, as questões de Contabilidade Avançada exigem um conhecimento mais elevado e por conseguinte um nível de raciocínio lógico mais apurado pelo candidato demandando mais tempo para a sua resolução.
A ideia central é eliminar as questões fáceis e garantir o mínimo dentro das questões avançadas.
Segue abaixo as provas dos exames anteriores para download:

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